A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, pediu nesta terça-feira para que a União Europeia (UE) se junte aos esforços americanos para reprimir as exportações da China, principalmente de tecnologia limpa, alertando que um excesso de produtos chineses baratos poderia ameaçar a sobrevivência de fábricas ao redor do mundo.
A secretária do Tesouro americano também rejeitou as críticas dos aliados europeus de que os amplos incentivos fiscais e subsídios dos EUA para a manufatura verde representavam “uma guinada em direção ao protecionismo americano”.
O discurso acontece apenas uma semana depois que a Casa Branca aumentou as tarifas sobre as exportações chineses de tecnologia limpa para os EUA. Ela disse que o aumento das taxas, que incluiu uma quadruplicação da taxa sobre veículos elétricos chineses para 100%, eram “passos estratégicos e direcionados”.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, já afirmou anteriormente que não se juntaria aos EUA na imposição de tarifas, acrescentando que Bruxelas adotaria uma abordagem diferente das “tarifas abrangentes” do governo americano.
“Queremos concorrência, queremos negociar juntos, mas queremos que seja justo e de acordo com as regras,” disse ela ao jornal britânico “Financial Times” (FT), antes das declarações de Yellen.