O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) recebeu nesta terça-feira (5) o apoio dos 14 deputados federais do PSB para ser eleito presidente da Câmara dos Deputados, na eleição que ocorrerá em fevereiro de 2025, e prometeu trabalhar para fugir da “radicalização tóxica” e discutir os problemas reais da população brasileira.
Líder do PSB na Câmara, o deputado Gervásio Maia (PB) defendeu a aliança anterior para eleger Arthur Lira (PP-AL) presidente da Câmara, o que, segundo ele, garantiu governabilidade nos dois primeiros anos do governo Lula (PT) após uma eleição presidencial “muito polarizada”. “Assim como acertamos na escolha de Arthur lira, estamos acertando muito agora na escolha de Hugo Motta neste segundo biênio”, afirmou.
A deputada Tabata Amaral (PSB-SP) declarou que o partido caminha com unidade no apoio de Motta e exaltou que o escolhido é uma pessoa jovem. “A gente sabe que a Câmara é diversa, e deve ser como nosso Brasil, mas também sinto muita necessidade e anseio na população de ver algo novo. E novo não é idade, é ideias”, disse. Motta tem 35 anos.
João Campos destacou a atual força do Congresso e a harmonia entre Legislativo e Executivo para explicar a importância desta eleição e do cargo que Motta assumirá. “O papel que o Parlamento está tendo no Brasil, de força para construir politicas públicas, é muito relevante”, afirmou. “A gente está aqui não só porque gosta de Hugo, mas porque acredita que é o melhor projeto para construir uma fortaleza da política e do Congresso brasileiro”, comentou.
Motta agradeceu o apoio do partido, disse que entendeu como se deu o processo de construção das candidaturas à presidência da Casa e afirmou que aprendeu, como paraibano, com as histórias de líderes pernambucanos do PSB, como Miguel Arraes e Eduardo Campos – avô e pai de João.
Ele afirmou que vai “forçar uma pauta propositiva” que fuja da radicalização e discuta os reais problemas do país. “Vamos fazer uma construção para poder ter no Parlamento um Poder protagonista, e não um Poder que apenas analisa aquilo que chega do Executivo. Podemos ter nossa agenda própria, um alinhamento com o Senado em prol de uma agenda para o país e fazer as entregas que a população espera de nós”, discursou.
O deputado do Republicanos disse que é importante que o “bom relacionamento” entre os partidos persevere e que os enfrentamentos sejam de “ideias”. “[Existe] Essa radicalização que, na minha avaliação, chega às vezes até a ser tóxica. O Parlamento tem que ser a Casa das soluções, não a Casa dos problemas”, afirmou.
Ele citou a eleição para a Prefeitura de São Paulo, que teve Tabata Amaral como uma das candidatas. Sem citar o influencer Pablo Marçal (PRTB), que ficou em terceiro lugar na disputa, Motta afirmou que a eleição municipal foi marcada por um “radicalismo político muito forte” e que sua candidatura tem a “esperança” de unir todas as correntes da Câmara num consenso.