A Polícia Federal (PF) realiza, na manhã desta quarta-feira (27), a transferência dos irmãos Chiquinho e Domingo Brazão para presídios federais de Campo Grande e Porto Velho, respectivamente. Eles foram presos no domingo (24) por suspeita de mandar assassinar a vereadora Marielle Franco (Psol) e o motorista Anderson Gomes e estavam, desde então, na Papuda, em Brasília. A mudança, que já era esperada, tem o intuito de separar os alvos da operação da PF.
Chiquinho Brazão é deputado federal e o seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ). Além deles, Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil no Rio, também foi preso no domingo por suposto envolvimento no crime. Eles negam participação.
Segundo as investigações – que, segundo o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, pode-se dizer que estão encerradas – o crime foi motivado por divergências políticas entre Marielle e os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão e a atuação da vereadora junto a comunidades da zona oeste do Rio dominadas por milícias.
Chiquinho e Domingos seriam os mandantes e Rivaldo Barbosa teria supostamente atuado para sabotar as investigações com o objetivo de encobrir o assassinato.
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Os investigadores chegaram aos supostos mandantes do crime após delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, que está preso desde 2019 e confessou ser o autor dos disparos que mataram Marielle e Anderson.
O crime aconteceu na noite de 14 de março de 2018. Marielle voltava para casa depois de participar de uma reunião com mulheres negras quando, em uma esquina do bairro do Estácio, no centro do Rio, um Cobalt prata emparelhou à direita do carro em que ela estava e, do banco de trás, partiram os vários disparos que mataram a vereadora do Psol e o seu motorista.
