Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta nesta segunda-feira e alcançaram os maiores níveis desde outubro, após a surpresa com dados do setor industrial na China e nos Estados Unidos. Investidores também operam em compasso de espera pela reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) que acontece na quarta-feira.
Também houve aumento no PMI industrial dos Estados Unidos, que voltou ao território de expansão após 1 ano e meio, de acordo com leitura do Instituto para Gestão de Oferta (ISM, na sigla em inglês).
Segundo analistas da Mizuho, as tensões no Oriente Médio continuam pesando sobre a commodity. Nesta segunda-feira, um ataque israelense a um anexo da embaixada iraniana em Damasco deixou feridos e há a possibilidade de ter matado um comandante da guarda revolucionária iraniana, embora a baixa ainda não tenha sido confirmada oficialmente. A Mizuho afirma que este evento aumenta a possibilidade de entrada do Irã na guerra, o que pode interromper parte do abastecimento global.
Peter Cardillo, da Spartan Capital, aponta que o encontro da Opep+ nesta semana deve ser um “não evento”, que não deve alterar o rumo dos preços da commodity, visto que o grupo deve optar por manter o curso com suas reduções de cotas, o que já é aguardado pelo mercado.
Enquanto isso, nos Estados Unidos, Louis Navellier, da gestora Navellier, escreve que a procura por energia está aumentando agora que a primavera chegou em terras americanas. No entanto, a oferta continua restrita, o que deve manter a tendência altista dos preços do petróleo.