A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse, nesta sexta-feira (9), que a estatal apresentou, no trimestre passado, uma ligeira perda de participação de mercado na venda de combustíveis. Tal fato, segundo ela, indica que a estratégia comercial que a empresa adotou no ano passado, em substituição ao uso do preço de paridade de importação (PPI), foi acertada.
“Aumentar preço de combustíveis agora seria abrir mão de ‘market share’, o que está longe da nossa intenção”, disse Chambriard, em entrevista coletiva sobre os resultados do segundo trimestre.
A empresa registrou prejuízo de R$ 2,6 bilhões no segundo trimestre. O resultado foi influenciado, entre outros fatores, pela desvalorização do real frente ao dólar. O câmbio é um dos fatores considerados no cálculo de eventuais reajustes.
Na coletiva, o diretor de logística, comercialização e mercados da companhia, Claudio Schlosser, destacou que a empresa evita repassar para os preços internos a volatilidade dos mercados internacionais, ao contrário do passado, quando chegaram a ser reajustados diariamente, transmitindo a variação do mercado externo para o país.
Schlosser recorda que, em 9 de julho, a companhia reajustou preços da gasolina e do gás liquefeito de petróleo (GLP), e que, no caso do diesel, a empresa tem a concorrência do produto da Rússia, com preços praticados “com bastante desconto” ante outros mercados. “Estamos dentro dos parâmetros”, disse Schlosser.