A Meta, dona do Instagram e Facebook, usa dados pessoais de usuários para entregar fraudes “sob medida” e lucrar alto com isso.
Informações sobre gênero, idade, localização e atividade em outros sites são processadas pela empresa para traçar o “perfil” de cada usuário e vender o acesso a eles.
Comerciantes podem assim escolher seu público-alvo na hora de espalhar anúncios usando as ferramentas pagas da Meta. E golpistas fazem o mesmo.
Ou seja, a empresa de Mark Zuckerberg facilita fraudes. Pior: ela não se responsabiliza pelos danos causados a vítimas, uma postura criticada por especialistas.
Há muito dinheiro em jogo.
Levantamento feito pelo UOL na única categoria de anúncios abertos da Meta revelou que, de outubro de 2023 a janeiro de 2024, ela embolsou ao menos R$ 4,7 milhões com fraudes no país.
Questionada, a companhia disse que não permite golpes em suas plataformas, mas não detalhou que procedimentos implementa para evitar isso (leia a nota completa ao fim do texto).
Nas mãos do algoritmo
Em setembro de 2023, três meses antes do caso da panela, Pâmela Gomes já havia caído em outro golpe patrocinado no Instagram.
O anúncio simulava a venda de um tênis infantil do Mickey, que ela buscava para o aniversário do filho mais novo.