O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse no fim da tarde desta quarta-feira (17), em Washington, onde participa das reuniões de primavera do FMI e do Banco Mundial, que as projeções fiscais do FMI estão “mais próximas do que parecem” dos números do governo. Haddad já havia dito, mais cedo, que outro ponto importante dos dados de hoje é a trajetória da dívida.
Ele complementou que esse indicador deve contribuir para a melhora das notas de crédito do Brasil.
“Porque é essa estabilidade que vai fazer com que as notas de crédito do Brasil subam, como já subiu o ano passado. Depois de sete anos, foi a primeira vez que nós conseguimos uma nota de crédito melhor e nós estamos confiantes que vamos continuar nessa escalada até voltar até o grau de investimento que pode ser de novo, mais uma vez, um divisor de águas para os investimentos diretos estrangeiros no Brasil”, disse o ministro.
O ministro da Fazenda reiterou que o cumprimento das metas está diretamente relacionado às decisões que o Congresso vai tomar nos próximos dias. Haddad disse também que aguarda “provável decisão” que o Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a questão da reforma da Previdência.
“Tem um dispositivo da reforma da Previdência que todo mundo defendeu e que precisa ser restabelecido, que é não renunciar a receitas porque a Previdência é deficitária e precisa desse aporte pra equilibrar suas contas. Então o Congresso e o Judiciário têm muitas coisas que dependem deles pra que nós possamos fechar as contas desse ano e do ano que vem.”