O futuro ministro da Economia do México, Marcelo Ebrard, afirmou, nessa segunda-feira (30), que há muito espaço para estreitar as relações comerciais entre Brasil e seu país no governo da presidente eleita, Claudia Sheinbaum, que toma posse nesta terça-feira (1º). Porém, ele ponderou que ainda é precipitado para avaliar se há chances de iniciar uma negociação de acordo de livre comércio entre os dois países.
Há “uma avenida” de oportunidades
Segundo Ebrard, “há uma avenida” de oportunidades para aprofundar as relações comerciais entre dos dois países. Ele mencionou áreas como indústria aeronáutica, espacial e automotiva, além dos setores de infraestrutura, sistema financeiro e inteligência artificial.
“Toda essa avenida temos que explorar, porque é maior que o que temos de acordos [comerciais com o Brasil]”, disse o futuro ministro, ao se referir aos acordos de complementação econômica entre Brasil e México (ACE 53 e ACE 55), que acabam deixando de fora cerca de 50% dos produtos. No México, ao contrário do que acontece no Brasil, cabe à secretaria (ministério) da Economia negociar as relações comerciais.
Durante sua fala no fórum empresarial, Ebrard disse que o novo governo mexicano vai trabalhar para ampliar os acordos comerciais que possui com o Brasil. “Relação comercial [entre os dois países] terá expressão nos próximos seis anos. Vamos trabalhar para elaborar esses acordos”, disse o mexicano.
Ele ressaltou, ainda, que há complementaridades entre as produções dos dois países e visão compartilhada de desenvolvimento econômico.
Por fim, à imprensa, Ebrard falou que ouviu um discurso muito bom do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no sentido de aumentar o comércio e os investimentos entre das duas nações. “Queremos que isso aconteça mais rápido. Há uma visão política semelhante do dois governos e essa visão política vai ajudar-nos a fazer isso acontecer”, frisou.
*A jornalista viajou a convite da Apex
