Em SP, União Brasil adia decisão sobre apoio e mantém pressão sobre Nunes | Política

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Com a terceira maior fatia do fundo eleitoral e do tempo de televisão, o União Brasil adiou a decisão sobre quem apoiará na disputa pela Prefeitura de São Paulo. Com isso, o partido mantém a pressão sobre o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), que busca o apoio da legenda para disputar a reeleição.

A decisão tem de ser tomada até o dia 15 de agosto, prazo final para o registro de candidaturas na Justiça Eleitoral.

A tendência é de o União Brasil fazer uma aliança com Nunes — a candidatura própria é vista como improvável por lideranças da sigla. No entanto, o principal líder do partido na capital paulista, Milton Leite, tem se queixado das negociações com o prefeito. Nas últimas semanas, Leite tem criticado publicamente as articulações com Nunes. Ao Valor, o vereador disse no começo do mês que o clima entre eles estava “péssimo, uma porcaria”. Na sexta-feira (19), o prefeito e o vereador se reuniram para buscar um acordo.

“A relação com o prefeito melhorou muito, mas ainda está em discussão pequenos pontos que vamos dirimir acerca da eventual governança de coalizão”, disse Leite, em entrevista à imprensa depois da convenção. O vereador afirmou que o União Brasil tem “8% dos votos” na eleição. “E isso define a eleição em São Paulo”, disse. “Nós sabemos o tamanho que nós temos na cidade.”

Nas negociações com Nunes, estão em jogo o espaço que o União Brasil tem na atual gestão, os cargos que terá em uma eventual nova administração e a garantia de que o partido continuará no comando da Câmara Municipal paulistana.

“Se a aliança [com Ricardo Nunes] continuar, nós exigiremos um governo de coalizão, aos moldes europeus.” Na atual gestão, o partido tem forte influência na área de transporte. Leite disse, em entrevista, que o partido também quer ter controle sobre ações nas áreas de mananciais da cidade, em uma eventual nova administração de Nunes.

O partido pleiteava a vice na chapa de Nunes, que ficou com o PL, com o coronel Mello Araújo, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

Filho de Milton Leite e dirigente estadual do partido, o deputado Alexandre Leite deixou claro que a “preferência é pela manutenção da aliança com Ricardo”.

Um eventual acordo com o pré-candidato do PRTB, Pablo Marçal, foi descartado. Marçal estava conversando com a cúpula nacional do União Brasil, ofereceu a vice para o partido e indicou até mesmo apoio à pré-candidatura presidencial do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), para 2026. O pré-candidato do PRTB, no entanto, não tem diálogo com Leite nem é bem visto pelo vereador.

Apesar de o União ter ministérios no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Leite afirmou que a chapa eleitoral do partido em São Paulo tem perfil de “centro-direita”. Com isso, foi descartada uma eventual negociação com o pré-candidato do Psol, Guilherme Boulos.

Leite, que está em seu quarto mandato como presidente do Legislativo paulistano, não concorrerá a vereador neste ano.

Vereador Milton Leite (União) — Foto: Richard Lourenço/Câmara de SP

Fonte: Externa

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