O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o que mais importa para a autoridade monetária é que haja uma convergência da dívida fiscal do Brasil, e não tanto as medidas que são tomadas no dia a dia do Ministério da Fazenda.
“Às vezes as pessoas olham muito a inflação corrente, mas se o Banco Central fizesse política monetária olhando a inflação corrente, seria como dirigir um carro olhando o retrovisor. Você vai bater o carro”, disse Campos, ao defender a tomada de decisão com base nas expectativas de inflação dos agentes econômicos, que segundo ele são “bem racionais”.
O presidente do BC ainda lembrou que foi contra as desonerações para baixar o preço da gasolina adotadas durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“A gente faz uma desoneração, o preço abaixa hoje e aí eu tenho que aumentar o preço no ano que vem de novo se for feito de uma forma artificial. E, no final das contas, eu estou transferindo uma inflação presente para uma inflação futura”, afirmou.