Manifestação ocorre em momento com clima diferente ao de fevereiro. À época, o evento em São Paulo ocorreu três dias após Bolsonaro ir à Polícia Federal para depôr na investigação de uma suposta tentativa de golpe de Estado (na ocasião, ele não falou nada aos investigadores). Agora, o apoio de Elon Musk e outros atores internacionais a Bolsonaro contra o STF muda esse cenário.
Ato pode ser fortalecido por falas de Musk contra o ministro do STF Alexandre de Moraes. “Por que vocês estão pedindo tanta censura no Brasil?”, Musk tuitou no dia 6. Ele respondia a outro tuíte, do ministro Moraes, que, por isso, incluiu Musk entre os investigados do inquérito das milícias digitais.
A situação disparou uma onda de críticas de conservadores do mundo todo ao juiz. Apoiadores do ex-presidente destacam, como fatores que podem encorajar mais gente a ir ao ato, artigos de opinião contra as ações de Moraes em diversos jornais e a ausência de novas medidas por parte do ministro após o episódio.
Minuta do golpe também será alvo de críticas. “Nós vamos detonar essa fake news de minuta de golpe”, disse Silas Malafaia. O pastor explicou que “cada um, do seu jeito, vai dar uma palavra sobre o assunto”. “Cada um é livre para falar”, afirmou ele sobre os oradores.
Uma vaquinha foi organizada para financiar os gastos com o ato. Articulada pelo deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), a iniciativa levantou R$ 125 mil. Ao todo, 25 parlamentares doaram R$ 5 mil, cada um, para custear o aluguel dos trios elétricos e outras despesas.